O abate clandestino é aquele realizado sem a inspeção de um médico veterinário oficial, sem exame do animal antes e após a morte por parte do profissional qualificado e treinado para a atividade.
Os abates clandestinos são efetuados em locais impróprios, sem estrutura adequada e sem higiene, que resultam em contaminação do produto e prováveis doenças nos consumidores. Sem inspeção, os animais contaminados podem transmitir doenças graves ao ser humano, como tuberculose, brucelose, cisticercose e leptospirose. Mas, devido à estrutura inadequada o meio ambiente também é prejudicado, pois os dejetos produzidos durante a atividade de abate não são tratados. Portando, há riscos de contaminação ambiental, propagação de vetores transmissores de doenças e maior prejuízo à saúde pública. O abate clandestino gera prejuízo fiscal, não gera empregos, gera sofrimento aos animais e prejudica o desenvolvimento da comunidade.
O abate clandestino é normalmente realizado em instalações extremamente precárias com pessoas despreparadas e com instrumentos e técnicas inapropriadas. Este despreparo, além de submeter os animais ao sofrimento, resulta em pouco aproveitamento de suas partes caracterizando total desrespeito à vida perdida. No abate clandestino não existe, tampouco, qualquer controle quanto ao trânsito de animais, item de suma importância na prevenção de doenças que afetam os rebanhos, limitando o comércio internacional de produtos de origem animal, como é o caso da febre aftosa.
Ao comprar produtos sem registro ou calar-se quando adquire produtos irregulares com relação a sua procedência ou condições de salubridade, você está contribuindo para a clandestinidade e colocando em risco não apenas a sua saúde mas a saúde de toda a população.
Exija sempre carne com o carimbo da fiscalização e elimine qualquer risco a sua saúde.