A fim de combater os focos do mosquito Aedes aegypti, Quatro Pontes terá uma ação de 11 a 15 de fevereiro. Trata-se do arrastão da dengue, organizado pela Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Obras, Urbanismo e Transportes. Durante toda a semana, as agentes de endemias vão intensificar as vistorias, visitando grande parte dos imóveis na cidade, e a população deve deixar os materiais que acumulam água em frente de casa para que possam ser recolhidos.
O secretário de Saúde, Marco Antônio Wickert, diz que está preocupado, pois muitos focos de larvas estão sendo encontrados. “Existem diversos objetos com acúmulo de água. É por esse motivo que vamos realizar o arrastão e pedimos a contribuição da comunidade, como sempre nos ajuda. Tragam seus materiais para frente de casa para que possam ser recolhidos. Além disso, façam vistorias até três vezes na semana, pois as chuvas têm sido quase diárias. E antes de viajar é importante não deixar objetos expostos ao tempo. Há anos não registramos casos de dengue e queremos continuar com este bom índice”, diz.
VARREDURA
O município conta hoje com três agentes de endemias, que realizam em torno de 12 mil visitas anuais. As vistorias são divididas em seis ciclos, contemplando dois meses cada, e entre os ciclos ainda é feito o levantamento de índice, que corresponde a 20% dos imóveis na cidade, com a coleta de larvas para posterior análise.
No arrastão, as agentes retiram o maior número possível de criadouros do mosquito, recolhendo objetos que possam acumular água, além de fazer uma varredura contra o vetor. É aplicado larvicida em criadouros fixos e um caminhão passa recolhendo todo o material. Também é realizado o trabalho de orientar os moradores.
O Setor de Endemias ainda elencou pontos estratégicos, ou seja, locais mais propensos aos focos de larvas. Assim, visitas são feitas a cada 15 dias no cemitério, borracharias, floriculturas, metalúrgicas e no barracão da Associação Quatropontense de Catadores (AQC).
SATISFATÓRIA
Quatro Pontes está em situação satisfatória, conforme dados da 20ª Regional de Saúde de Toledo e do Ministério da Saúde, pois durante 2018 o índice ficou em menos de 1%, que é o preconizado. Superior a isso, a primeira situação é de alerta e depois o risco é de surto de doenças. Logo, no ano passado o município não registrou casos de dengue, zika ou chikungunya e nem recebeu notificações.
Neste ano, o índice de infestação do primeiro ciclo está baixo, sendo de 0,53%, porém as agentes têm encontrado muitos focos de larvas. A maior parte dos depósitos está em vasos e pratos de plantas, sucatas, cisternas, pneus e baldes. As temperaturas mais altas e o clima chuvoso têm sido as principais causas para o surgimento, pois propiciam o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito.
DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA
De acordo com o boletim divulgado no início deste mês pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná foram registrados, até 07 de janeiro, 129 casos de dengue em 33 municípios no Estado, além de 144 notificações de chikungunya e apenas um caso confirmado em Curitiba. O zika vírus teve 53 notificações e um caso confirmado em Foz do Iguaçu.