O Setor de Controle de Endemias começou a aplicar multa aos donos ou ocupantes de imóveis de Quatro Pontes que tenham focos de infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. Na primeira vez, o infrator recebe uma advertência por contrariar os artigos 2º, 3º, 4º e 6º da lei municipal nº 1602 de 29 de abril de 2015. Na reincidência, a multa é de R$ 100,70. O valor sobe para quem repetir o erro de permitir criadouro do mosquito e é superior a R$ 1 mil.
Conforme advertência, os proprietários de imóveis são obrigados a adotar medidas de proteção de modo a evitar o acúmulo de água, originadas ou não da chuva, bem como realizar manutenção e limpeza dos locais sob a sua responsabilidade, providenciando o descarte ambientalmente correto de materiais inservíveis, que possam acumular água, evitando, assim, condições que propiciem a proliferação do vetor causador da dengue. A visita de retorno das agentes de endemias ao munícipe advertido é em sete dias, a fim de verificar se as providências necessárias foram tomadas.
Hoje (16), Quatro Pontes está com 19 casos de dengue confirmados, mas o número tem aumentado de forma rápida. As advertências realizadas pelas agentes de endemias, Daiane Aline Laufer Schroder e Marciane Inês Kollett, já passam de 40.
Vistorias
O município só conta com as duas agentes de endemias, que realizam em torno de 12 mil visitas anuais. As vistorias são divididas em seis ciclos, contemplando dois meses cada, e entre os ciclos ainda é feito o levantamento de índice, que obedece a 20% dos imóveis na cidade, com a coleta de larvas para posterior análise.
A Secretaria de Saúde também promove os arrastões da dengue, quando é retirado o maior número possível de criadouros do mosquito, a partir da recolha de objetos que possam acumular água, e é feita uma varredura contra o vetor. A ação ainda engloba a aplicação de larvicida em criadouros fixos e um caminhão passa recolhendo todo o material, incluindo o trabalho de orientar os moradores.
O Setor de Controle de Endemias ainda elencou pontos estratégicos, ou seja, locais mais propensos aos focos de larvas. Assim, visitas são feitas a cada 15 dias no cemitério, borracharias, floriculturas, metalúrgicas e no barracão da Associação Quatropontense de Catadores (AQC).