Para conter o avanço do Covid-19, o Governo do Estado do Paraná publicou ontem (30) decreto com novas medidas, válidas a partir de hoje (1º). Não se trata de lockdown em todo o Paraná, mas um período de quarentena em 134 cidades das Regionais de Saúde de Cianorte, Cascavel, Cornélio Procópio, Curitiba e Região Metropolitana, Londrina, Foz do Iguaçu e Toledo.
O decreto considerou a curva de contágio ascendente, com o aumento no número de casos de Covid-19, A taxa de ocupação acima de 70% no Leste e no Oeste do Paraná, a escassez de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares necessários para a intubação e atendimentos de pacientes internados em UTI, a baixa taxa de isolamento social no Paraná e a chegada do inverno, que aumenta a circulação dos vírus causadores de doenças respiratórias. Assim, uma das novas medidas do Governo do Estado e talvez a principal é a suspensão de atividades econômicas não essenciais por 14 dias, incluindo shoppings, galerias, comércio de rua, feiras livres, salões de beleza, barbearias, clínicas de estética, academias e clubes.
Não compactuando com as novas medidas do Estado, o prefeito de Quatro Pontes, João Inácio Laufer, entrará com uma liminar na Justiça para coibir o fechamento do comércio. Logo às 10 horas, o mandatário também participará de uma videoconferência que será promovida pela Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), visando, assim, decisões conjuntas entre os chefes dos Executivos. Após a videoconferência, o prefeito deve se reunir, ainda, com os membros do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde Covid-19, na prefeitura.
“É uma notícia triste para a nossa cidade, principalmente para o comércio, bem como toda a região Oeste. Acredito que não há problema em Quatro Pontes seguir com os trabalhos normais, cumprindo todas as medidas preventivas já estipuladas em decretos, inclusive é o que preconiza o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde. A comunidade sabe que é importante aderir às orientações para o bem de todos. Estou contatando o jurídico da prefeitura para entrar com a liminar na Justiça”, diz.