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| 22/01/2021 - 16:22
LIA aponta alto índice de incidência de focos do mosquito da dengue

A Secretaria de Saúde de Quatro Pontes está atuando de forma ativa na pandemia do novo coronavírus (Covid-19), trabalhando para evitar o aumento no número de casos e bem atender as pessoas infectadas, no entanto, a dengue é outra grande preocupação da saúde pública. Estratégias para se evitar nova epidemia da doença são discutidas e ação de bloqueio já vem sendo realizada.

Do dia 12 a 18 deste mês, as agentes de endemias atuaram no Levantamento de Índice Amostral (LIA). Neste período foram visitados 377 domicílios, dos 1.875 existentes na sede do município (20% dos imóveis). Os dados foram tabulados e apresentados por Daiane Schroder e Marciane Kollett ao secretário de Saúde, Marco Antônio Wickert.

A média do LIA ficou em 2,9%, apontando, assim, alto índice de incidência de focos do mosquito da dengue, compreendendo a região do centro e do Parque Industrial. O índice considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%. No mês de outubro, este mesmo índice era de 0,5%. Os últimos casos da doença foram confirmados no dia 08 deste mês, somando quatro, contudo, no informe epidemiológico do Governo do Estado do Paraná divulgado na terça-feira (19), Quatro Pontes registra 12 casos. No momento, o setor de Epidemiologia do município, juntamente com a 20ª Regional de Saúde de Toledo, investigam os oito casos a mais, pois pode haver possível influência de carga viral da Covid-19 nos resultados para dengue.

O secretário de Saúde, Marco Antônio Wickert, explica que a incidência acumulada está em 275%. “Infelizmente, em pouco tempo o índice elevou gravemente. Em 2020, Quatro Pontes registrou 657 casos e um óbito. São números muito preocupantes. Nós precisamos nos prevenir contra a Covid, mas não podemos esquecer da dengue. Todos os munícipes devem fazer a sua parte, eliminando locais que possam virar criadouros do mosquito. Os quintais precisam ser vistoriados periodicamente, principalmente agora com as fortes chuvas e calor. Não podemos chegar a uma nova epidemia. Por isso, precisamos da união de todos”, afirma.

LIA

O LIA é uma atividade que foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 2002. Ela permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).

Multa

O Setor de Controle de Endemias também está notificando e aplicando multa aos donos ou ocupantes de imóveis que tenham focos de infestação do mosquito Aedes aegypti. Na primeira vez, o infrator recebe advertência por contrariar os artigos 3º e 4º da lei municipal nº 2380 de 13 de julho de 2020. A multa é de R$ 170,87, mas o valor sobe para quem repetir o erro de permitir criadouro do mosquito, ficando R$ 854,35.

Segundo a advertência, os proprietários de imóveis são obrigados a adotar medidas de proteção de modo a evitar o acúmulo de água, originadas ou não da chuva, bem como realizar manutenção e limpeza dos locais sob a sua responsabilidade, providenciando o descarte ambientalmente correto de materiais inservíveis, que possam acumular água, evitando, assim, condições que propiciem a proliferação do vetor causador da dengue. A visita de retorno das agentes de endemias ao munícipe advertido é em sete dias, a fim de verificar se as providências necessárias foram tomadas.

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