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| 21/09/2022 - 12:47
MEC e Inep divulgam resultados do Ideb 2021

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021 teve os seus resultados divulgados na última sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em evento na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O índice não era divulgado há dois anos por conta da pandemia da Covid-19.

O desempenho do Paraná no Ideb de 2021 melhorou em relação à 2019. O resultado mais satisfatório foi no Ensino Médio, pois o Paraná assumiu a liderança nacional no geral e na rede pública. No total, considerando o ensino público e privado, alcançou 4,9 pontos. Avaliando só a rede estadual, obteve 4,6, o que significa 0,2 pontos acima do Ideb de 2019. Na época, o Ensino Médio da rede pública estava em 3º lugar no ranking nacional, com 4,4. Apesar do avanço, a meta de 5,1 estipulada pelo governo às escolas estaduais não foi alcançada.

Nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), também de responsabilidade do Estado, a rede pública ficou em 4º lugar no país, com índice de 5,2 pontos. Embora tenha tido um avanço, 0,1 ponto em relação ao Ideb de 2019, ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo que era chegar a 5,3.

Já os anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), sendo de responsabilidade dos municípios, foram os mais afetados. Na rede pública, o Paraná caiu de 6,5 em 2019 para 6,1 na atual, ficando em 2º lugar. No geral, englobando rede pública e privada, o Estado aparece na 4ª colocação, com 6,2 pontos.

Quatro Pontes

Os municípios da região Oeste ficam muito atentos a estes índices, contudo, a aplicação da avaliação que resultou no Ideb 2021 foi atípica devido a um período em que a maioria das escolas estava trabalhando remotamente. Assim, vários fatores interferiram, apesar dos esforços de todos os municípios em manter a qualidade de ensino na pandemia ser, como sempre, de inigualável competência.

Em Quatro Pontes, o índice do Ensino Médio elevou de 5,1 (2019) para 5,4 (2021). Ainda que houve avanço, ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo, que era de 5,8. Nos anos finais do Ensino Fundamental, o Ideb baixou de 6,0 (2019) para 5,9 (2021), tendo como meta 6,2. E nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o índice reduziu de 7,1 (2019) para 6,4 (2021). A meta era 68.

A secretária de Educação, Cultura e Esportes, Araceli Basso Tauchert, afirma que a partir dos resultados serão analisados os dados e a proficiência na própria rede, bem como o planejamento para recuperar as aprendizagens dos alunos. Segundo ela, a avaliação se deu em um ano de pandemia, quando os alunos ficaram em atividade remota por longo período, e o Continuum Curricular proporcionou redução da reprovação, acarretando no mascaramento dos dados.

Ela acrescenta: “os alunos saíram do 2º ano e pularam para o 5º praticamente e fizeram uma prova de 5º ano. Faremos uma análise profunda, mas não como ranking ou até comparações entre os municípios. Alguns aumentaram a nota, outros mantiveram e a grande maioria reduziu. Se não tivéssemos vivido um período tão difícil, ocasionado pela pandemia, com certeza os resultados teriam sido superiores, pois sempre queremos o melhor para os alunos. Agora é momento de olhar para o futuro e buscar soluções, mas, acima de tudo, comemorar os resultados, que embora não são o que gostaríamos, poderiam ter sido inferiores”.

Cálculo

O Ideb foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice é calculado a partir dos dados sobre a aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Não são todos os alunos avaliados pelo Ideb. A prova é aplicada com estudantes de três anos: o 5º ano do Ensino Fundamental, o 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio. Por isso, o Brasil tem três IDEBs diferentes.

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